sábado, 22 de julho de 2017

Fazer o bem 8

Pode-se fazer o bem por julgar que o outro seja moralmente merecedor, como também não o fazer, baseando-se no critério de que a pessoa apresenta um caráter duvidoso ou imoral; em ambos os casos, passível de equívoco pelo risco da projeção da sombra, o julgamento moral se torna o critério para a ação no bem. Pode-se também fazer o bem a alguém considerando que esse alguém necessita de um exemplo para que se erga espiritual ou materialmente. Este critério, mesmo partindo de uma racionalização, pode ser útil a si próprio e aos envolvidos na ação pelo bem. O princípio geral da ação no bem deve conter o desejo íntimo de se tornar uma pessoa bondosa, de minorar o sofrimento do outro e construir uma sociedade mais fraterna e feliz. O bom da vida se amplia quando se tem a consciência em paz pelo bem que é proporcionado ao outro e a todas as pessoas, sem qualquer limite ou critério que exclua ou discrimine alguém.

 Extraído do livro O bom da vida.

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