quarta-feira, 31 de maio de 2017

Estar em boa companhia - Uma pessoa representa Deus 3

Todo ser humano deve ser admirado em face de sua história de vida, mesmo que tenha cometido muitos equívocos. A compreensão das estratégias de vida, das atitudes e dos vínculos levados a efeito por alguém, principalmente naqueles que lhes são inconscientes, levar-nos-á à percepção de como Deus estruturou o ser humano. O ser inconsciente que se é serve como demonstração da face psíquica oculta do ser humano. Mesmo que, na personalidade que a nós se apresenta, não encontremos motivos de admiração, tentemos perceber as razões inconscientes que a movem, e, certamente, poderemos enxergar a natureza divina no ser humano.



Extraído do livro O bom da vida. 

terça-feira, 30 de maio de 2017

Estar em boa companhia - Uma pessoa representa Deus 2

Todo ser humano deve ser respeitado e visto em sua singularidade. É sempre bom percebermos a persona do outro, isto é, como ele se nos apresenta, e tentarmos em seguida tratá-lo como um ser humano em sua simplicidade. Não ferir o lugar (posição social e referencial) em que se coloca, mas tentar considerá-lo a pessoa que ele próprio gostaria de apresentar. Todos nós utilizamos a persona no trato com o outro, por conta do campo externo em que nos situamos. É importante que levemos o outro a, aos poucos, desvestir-se da persona à medida que nós próprios saiamos do senso comum e nos mostremos na singularidade divina que somos. Portanto, nenhum de nós se revela na totalidade de sua personalidade quando no contato com o outro. Revela o que é possível e atende a seus próprios interesses e objetivos conscientes e inconscientes.


Extraído do livro O bom da vida.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Estar em boa companhia - Uma pessoa representa Deus 1

Não só somos representantes de Deus como, principalmente, o outro em nossa vida confirma Sua existência. Devemos considerar sempre que cada ser humano é um ato divino e uma janela para Sua compreensão. Observar as pessoas sem lhes censurar condutas ou lhes criticar como a nós se apresentam, poderá nos fazer perceber singularidades especiais. É típico do ser humano colocar os outros na vala comum da vulgaridade até que se estabeleça um contato afetivo. Geralmente partimos do princípio que as pessoas são ameaças para nós. Temos dificuldade em enxergar a natureza divina e transcendente nas pessoas, preferindo enquadrá-las como ameaçadoras a nossa integridade. São tidas como estranhas até que nos demonstrem suas intenções.




Extraído do livro O bom da Vida. 

domingo, 28 de maio de 2017

Estar em boa companhia - A arte de incluir 4

Incluir é compreender o outro, fazendo-o sentir-se entendido naquilo que fala. Qualquer pessoa que se sente compreendida pelo outro, reafirma sua personalidade, saindo da posição de confronto. Mesmo sendo negados por alguém, devemos compreender as razões que lhe fazem pensar daquela maneira. É uma arte afirmar seus princípios sem negar os dos outros. Incluir é acolher a pessoa com o coração, olhando-a nos olhos, favorecendo a que expresse o que deseja, tentando fazer com que ela esgote o que quer falar.Incluir é não negar o outro, permitindo que ele afirme sua opinião. Nossa opinião a lhe ser expressa não deve simplesmente negar o que ele disse. Deve principalmente afirmar o que se acredita. Portanto, não há necessidade de dizer “eu discordo de você” ou “eu penso o contrário de você”. Dizer algo que se assemelhe a negar a afirmação do outro promove certos bloqueios à aceitação de nossas ideias. Pensar diferente de alguém nem sempre significa estar com a razão.


Extraído do livro O bom da vida.

sábado, 27 de maio de 2017

Estar em boa companhia - A arte de incluir 3

Pessoas extrovertidas têm maior número de relações com outras do que as introvertidas, e isso favorece mais possibilidades de compreensão de si mesmas e do mundo à sua volta. Como tudo tem um preço, geralmente o extrovertido tem relações mais superficiais.Incluir é compreender o outro, fazendo-o sentir-se entendido naquilo que fala. Qualquer pessoa que se sente compreendida pelo outro, reafirma sua personalidade, saindo da posição de confronto. Mesmo sendo negados por alguém, devemos compreender as razões que lhe fazem pensar daquela maneira. É uma arte afirmar seus princípios sem negar os dos outros.



   Extraído do livro O bom da vida. 

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Estar em boa companhia - A arte de incluir 2

Devemos incluir um maior número de pessoas com as quais estabeleceremos relações qualitativamente superiores. A qualidade da relação inclui o que lhes queremos dar e o que delas queremos receber, assim como a importância que lhes atribuímos em nossa vida. Escutá-las atentamente, demonstrando-lhes compreender o que dizem, sem opor-lhes a fala, favorece que se sintam incluídas por nós. É preciso escutar com o coração. Muito embora, na vida, incluamos poucas pessoas como amigas, tal não ocorre com a quantidade daquelas que dela fazem parte. Estas devem ser contadas às centenas, a fim de que se ampliem cada vez mais nossos laços de fraternidade. Isolarmo-nos, mesmo que com poucos amigos, reduz a possibilidade de aprendermos com os outros, o que nos educaria as emoções.


Extraído do livro O bom da vida.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Estar em boa companhia - A arte de incluir 1

Passamos boa parte da vida excluindo pessoas com o intuito de estabelecermos a identidade pessoal. Isso é natural e comum em algumas fases da vida. Tal atitude deve ser contrabalançada com a inclusão de pessoas em nossa vida, pois precisamos dos outros para completar os vazios existenciais cotidianos. O hábito de excluir é feito de forma sumária e, muitas vezes, definitiva. O hábito de incluir é feito com desconfianças e restrições, tornando-se um feito parcial. Nem sempre incluímos com o coração por conta dos medos e receios de perdemos nossa própria identidade. Incluir pessoas em nossa vida, colocando-as como companheiras ou amigas no seleto grupo que elegemos, nos permite estabelecer importantes e úteis vínculos afetivos. Essas pessoas se tornam referenciais, os quais se configuram como âncoras nos momentos decisivos da vida, pois é para elas que dirigimos nossos pensamentos e emoções.

Extraído do livro O bom da vida.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Estar em boa companhia 9

As pessoas que porventura foram a melhor companhia e que já não podem estar conosco por qualquer motivo, devem ser conservadas em nossa memória, na lembrança dos bons momentos. Não devemos comparar outras pessoas que participam de nossos momentos felizes com aquelas que os tornaram mágicos. Não nos sentiremos bem com a comparação, pois tenderemos a desvalorizar o momento presente, bem como as pessoas que deles fazem parte.

Extraído do livro O bom da vida.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Estar em boa companhia 8

A solidão na velhice, por conta da baixa vitalidade e da rejeição social, é bem pior do que antes desta fase da vida. Previne-se contra a velhice solitária quando se cria e executa projetos de vida que não sofram solução de continuidade com a baixa vitalidade física. Fazer amigos entre pessoas idosas amplia a compaixão de quem com elas compartilha alguns momentos da vida. Nem sempre conseguimos estar com as pessoas em companhia das quais nos sentimos bem. Nem sempre merecemos. Embora não haja limites para desejar, existe para ter o que se quer. Quando transformamos os momentos que vivemos em ricas experiências de contato com o outro, a ausência de alguém não nos faz sofrer, muito embora a saudade apareça.


Extraído do livro O bom da vida.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Estar em boa companhia 7

Cercar-se de boas companhias é garantia de uma velhice tranquila e prazerosa. É uma arte construir e manter amizades sólidas. A certa altura da vida não vale mais a pena rejeitar-se uma boa conversa com alguém desconhecido, rir de uma situação engraçada consigo mesmo, bem como oferecer o prazer de sua companhia sempre que a situação couber. A vida tem seu lado bom bem vivido quando a pessoa deixa de julgar os atos alheios, transborda sua alegria íntima contagiando os outros e sente uma perfeita integração nos ambientes que frequenta.  Estar a sós pode nos fazer entrar mais em contato com nossa própria natureza, pois não estaremos representando para alguém ou criando uma persona para a relação com o outro. Porém, se isso poderá nos ajudar na descoberta de nós mesmos, também nos tornará mais limitados na percepção da Humanidade em nós, pois não teremos espelhos para enxergar que somos seres coletivos. A experiência de relacionar-se com alguém é o campo de materialização que nos permite perceber e pôr à prova tudo o que pensamos e sentimos a respeito de nós próprios e do mundo.

 Extraído do livro O bom da Vida.

domingo, 21 de maio de 2017

Estar em boa companhia 6

A companhia de uma pessoa não pode ser algo “comprado” nem coercitivo, pois a espontaneidade é componente natural de bons momentos de prazer com alguém. Uma boa companhia sabe quando sua presença não acontece por interesses outros que não sejam o simples prazer da presença. Quando o interesse não é explícito, existindo algo sub-reptício na relação com alguém, o prazer da companhia se torna artificial, dificultando a possibilidade de acontecer uma boa experiência. O estado de solidão de algumas pessoas pode ser decorrente da inabilidade em construir sólidas amizades ou de proporcionar boa companhia aos outros. Sendo por este motivo, cabe a prevenção assim como, a qualquer tempo, a abertura para novas amizades, sobretudo na “terceira idade”. O bom da vida deve ser experimentado em qualquer época, sob qualquer circunstância e sem a menor preocupação quanto ao julgamento coletivo.

Extraído do livro O Bom da Vida.

sábado, 20 de maio de 2017

Estar em boa companhia 5


Geralmente nos afastamos das pessoas que nos incomodam e que, de alguma forma, não têm os mesmos gostos e sentimentos que nós. Com isso, cada vez mais, vamos restringindo nosso círculo de relacionamentos, restando uns poucos amigos. Parece valer o princípio da não inclusão por falta de confiança em quem não se tem como amigo. É um mecanismo social natural, porém fomentador de solidão. Incluir, estabelecendo limites claros nas relações, é uma arte que poucos praticam. Via de regra queremos algo do outro, mas nem sempre nos dispomos a dar. Quando não queremos algo de material, desejamos mostrar nossa segurança, nossa inteligência, nosso status ou nosso poder sobre os outros. Tal atitude psíquica, às vezes, inconsciente, provoca reações desfavoráveis no outro, principalmente o sentimento de inferioridade com consequente necessidade de demonstrar o contrário, tornando-se, inadvertidamente, opositor de quem lhe fala. Isto contribui para a consolidação de uma personalidade arredia e isolada. O indivíduo se fortalece, mas paga o preço da solidão.

Extraído do livro O Bom da Vida

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Estar em boa companhia 4

Quando estamos a sós e as alegrias da vida nos atingem, sempre pensamos em alguém que poderia vivê-las ao nosso lado naquele momento. Para que não nos ocorra a ausência de pessoas queridas, devemos sempre incluir, em nossos programas mais simples, pessoas de quem gostamos a fim de que elas gradativamente se insiram nos momentos decisivos de nossa vida. Esta inclusão deve obedecer ao princípio da igualdade, pois o outro deve se sentir pertencente, sem obrigatoriedade ou mesmo sem que haja superioridade entre as pessoas.

Extraído do livro O Bom da Vida.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Estar em boa companhia 3

Pensamos que as boas companhias são tão somente aquelas dos nossos amigos; também nem sempre são os familiares que conosco convivem. Porém é importante fazer amigos, além de proporcionar o prazer de estar em boa companhia entre os familiares e compartilhar com eles as alegrias e as dificuldades naturais da vida. Quando percebemos que, entre os familiares, há pessoas de quem não gostamos ou que não gostam de nós, devemos, diante da impossibilidade momentânea de torná-las amigas, emitir-lhes bons pensamentos para que, recebendo-os, não se amplie a distância existente. É em família que vivemos significativas experiências de aprimoramento pessoal, desenvolvemos habilidades relacionais e nos reconhecemos pertencentes a um grupo referencial.


Extraído do livro O Bom da Vida.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Estar em boa companhia 2

Estar em boa companhia implica em ser capaz de manter relações saudáveis, transmitir bem-estar a sua volta, incluir pessoas sem interesse de reciprocidade, ser bom anfitrião e ter a capacidade de aceitar as diferenças. As boas companhias são aquelas que nos trazem prazer no convívio, que são capazes de nos proporcionar crescimento, que geram desejo de continuidade no contato e que promovem o sentido de pertencimento. Nem sempre nossos amigos são as melhores companhias a todo tempo, pois certos momentos podem ser compartilhados por pessoas que circunstancialmente se encontram muito próximas e servem de apoio para o prazer da experiência. É uma arte estar em boa companhia quando não se tratam de amigos ou de pessoas de nossas relações cotidianas.


Extraído do livro O Bom da Vida.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Estar em boa companhia 1

Relacionar-se é a forma mais importante de aprender e se desenvolver na vida. Nossas companhias e amizades são elementos que fortalecem nossos princípios e se tornam âncoras para a afirmação de valores e para a aquisição de habilidades úteis na vida em sociedade. É importante aprender a conviver e a estabelecer relações afetivas para que haja desenvolvimento pessoal e melhoria da vida em sociedade. É necessário aprender a atrair pessoas a partir de uma personalidade agradável, de fácil convivência e não exigente para com os outros. Crescemos no que fazemos na vida, mas principalmente nas experiências emocionais adquiridas em relações vivenciais com as pessoas.


Extraído do livro O Bom da Vida.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Sentir-se Saudável 4

A estabilidade espiritual implica no equilíbrio com sua dimensão sagrada e com sua espiritualidade, na qual a pessoa se sente sem culpas, consegue estabelecer uma relação íntima com Deus, sem medo da morte, consciente de sua imortalidade e plenamente feliz em sua religiosidade. Esta estabilidade para a conquista de uma vida saudável requer o investimento em práticas permanentes de contato com o espiritual, em busca de conhecimento e de conexão com suas próprias raízes. Este contato, longe do interesse em alcançar salvação, visa a manutenção do equilíbrio total da pessoa, com fundamento na consciência pacificada pela despreocupação com seu destino após a morte. A união do bom funcionamento do organismo, do equilíbrio psíquico, da harmonia sócio-afetiva e da estabilidade espiritual, principalmente da maneira como a pessoa lida com estes fatores, levará a uma vida saudável. O bom da vida será melhor sentido quando o ser humano conseguir ter uma vida saudável, mesmo que se encontre atravessando dificuldades em qualquer das dimensões de sua vida.

Extraído do livro O Bom da Vida.


domingo, 14 de maio de 2017

Sentir-se Saudável 3

A harmonia sócio-afetiva diz respeito ao mundo das relações afetivas da pessoa, bem como das condições sociais que vive. A convivência produz vínculos afetivos, gerando sentimentos que criam referenciais psicológicos que ancoram o eu. Estes sentimentos alimentam o Espírito, revigorando as disposições de fazer as coisas e servir de motivação para a vida. Estabilidade na vida afetiva implica na eliminação de mágoas, no domínio do medo de perdas e na percepção dos desejos conscientes e inconscientes que permeiam os afetos humanos. Por outro lado, as condições sociais em que vive uma pessoa, a infraestrutura que serve de base para a vida cotidiana e suas condições econômicas também influenciam na estabilidade geral. A harmonia sócio-afetiva requer a superação das dificuldades ambientais que dificultam a estabilidade emocional da pessoa, aliado ao estabelecimento de saudáveis relações afetivas por onde transita.

Extraído do livro O Bom da Vida.

sábado, 13 de maio de 2017

Sentir-se Saudável 2

O equilíbrio psíquico compreende a capacidade em lidar com os pensamentos e ideias que assumem a Consciência, bem como com as invasões que naturalmente acontecem. Os julgamentos comuns, as lembranças recorrentes e as imagens das experiências da vida, que permeiam o pensar consciente, requerem estabilização e adequada atenção para que não perturbem o necessário equilíbrio psíquico. Lidar com a própria mente e seu bom funcionamento para que o foco da vida seja melhor dirigido requer controle emocional, administração das oscilações dos sentimentos, domínio da energia adicionada a cada experiência. Tal equilíbrio deve receber a contribuição da disposição pessoal de estar sempre dando o melhor de si, desejando o bem e sem medo do destino que tece.

Extraído do livro O Bom da Vida.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Sentir-se Saudável 1

A saúde compreende o encontro de vários fatores que envolvem o bom funcionamento do organismo, o equilíbrio psíquico, a harmonia sócio-afetiva e a estabilidade espiritual em que se situa uma pessoa. Não basta, portanto, apenas um dos fatores se encontrar sob controle e estável, pois um dos outros quando em desarmonia afeta a integridade do eu no que diz respeito ao sentimento de bem-estar pessoal. O bom funcionamento do organismo requer cuidados com alimentação, exercícios regulares e visitas aos profissionais de saúde, a fim de garantir uma vida saudável. Na existência de algum problema crônico ou quando ocorrer o surgimento de alguma doença ou mesmo algo grave que ameace a vida física, é fundamental que o significado atribuído ao evento concorra para o sentimento de bem-estar. Nenhum evento considerado negativo deverá ser tratado como maior do que a própria pessoa e sua integridade. Sempre é importante lembrar que o corpo físico é apenas uma parte de uma pessoa e não deve ser tomado como o fundamento essencial de sua existência.

Extraído do livro O Bom da Vida.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Sentir-se Livre 10

Não há um destino pré-estabelecido de forma absoluta. Há um planejamento, mas não um determinismo. A existência de um destino fixo contraria o livre-arbítrio, que implica na habilidade de fazer escolhas. Um destino rígido é uma prisão com consequente negação da inteligência de Deus. Liberte-se das prisões que você mesmo fez e continua fazendo. Aprenda a viver sem exigir e a conquistar as coisas e pessoas sem permitir que elas o dominem. Desapegar-se de coisas e pessoas implica em estabelecer uma relação de respeito e de consciência da totalidade existencial.


 Extraído do livro O Bom da Vida.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Sentir-se Livre 9

Sentir-se livre é não ter medo de viver nem de enfrentar os desafios que a vida apresenta, entendendo que eles são momentos ou fases em que os vazios psíquicos interiores se projetam para que o Espírito integre novas habilidades. Somos o que pensamos, o que sentimos e o que a Vida nos oferece. Ninguém está livre dessa equação, por mais que queira ou tente ludibriar os outros ou mesmo à própria consciência. A inércia na vida é um dos grandes motivos causadores do sofrimento, pois não agir é não aprender. A ignorância de si mesmo leva ao sofrimento.

Extraído do livro O Bom da Vida.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Sentir-se Livre 8

Devemos criar novos mecanismos de viver, de tal maneira que impliquem em menos limitações às pessoas e a nós. A vida que levamos pode ser simplificada para que não venhamos a torná-la mais complexa do que se apresenta. Quanto mais facilitarmos a vida para nós e para os outros, mais o Universo conspirará a nosso favor. Facilitar a vida aos outros implica em resposta semelhante da Vida a nós. A tentativa e ação de facilitar a própria vida, dificultando ou desprezando a das demais pessoas, acarretará algo semelhante como resposta.

Extraído do livro O Bom da Vida.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Sentir-se Livre 7

Devemos aprender que as prisões ou normas sociais são simples mecanismos para educar os que ainda não se conscientizaram da necessidade de internalizar as obrigações para com a coletividade. Portanto, essas normas coletivas podem muito bem ser obedecidas sem que se constituam prisões. Só sabe mandar quem sabe obedecer. Caso contrário, o ato de mandar será uma prisão e uma experiência que não gera crescimento em quem é seu agente. Quando a experiência de dirigir algo nos leva a sofrimento ou a excessos autoritários, ela deixa de ser estruturante e passa a permitir a possibilidade do surgimento de carma negativo.


Extraído do livro O Bom da Vida.

domingo, 7 de maio de 2017

Sentir-se Livre 6

Não são as pessoas que devem nos proporcionar coisas nem são delas que devem vir o que desejamos da Vida. A energia que utilizamos na vida é que nos fornecerá o de que necessitamos. Quando enxergamos nos outros os dispensadores dos bens que queremos ter, os transformamos em depósitos de coisas. Cada pessoa é alguém que, como nós, deseja ser compreendida e não tratada como objeto ou como um número. Compreender e perceber o outro como uma singularidade favorece nossa conexão com Deus. No momento em que interagimos com as pessoas de forma a nada lhes exigir, mas, ao contrário, com o intuito de lhes beneficiar com nossa atenção e com amorosidade, estaremos muito próximo da íntima conexão com Deus.


Extraído do livro O Bom da Vida.

sábado, 6 de maio de 2017

Sentir-se Livre 5

Sobre caridade, não se trata de ingenuamente doar coisas às pessoas ou favorecê-las por obrigação religiosa ou mesmo em não lhes querer retribuição na forma de objetos ou valores. Refiro-me a ganhos subjetivos indiretos, tais como: atenção, carinho, compreensão, olhar, empatia, respeito etc.. Por outro lado, a atenção que damos a alguém implica na pessoa sentir-se acolhida e estimulada a permanecer em nossa companhia. Nesse estado, mais facilmente ela se sente à vontade para expor-se sem muitas reservas, mesmo que inicialmente se precavendo em fazê-lo. Quando lhes escutamos atentamente e o fazemos olhando em seus olhos, provocamos um certo encantamento, o qual estimula a conexão conosco. Dar atenção, olhar nos olhos e ser receptivo no contato com alguém lhe estimula inconscientemente a vontade de não só estar conosco como também a nos favorecer de alguma forma.

Extraído do livro O Bom da Vida.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Sentir-se Livre 4

Devemos aprender a viver sem nada exigir dos outros ou, no máximo, aceitando delas o que podem e querem dar. Nada devemos querer dos outros, evitando dessa forma depender diretamente de exigências para com as pessoas, o que evita se criar expectativas ao comportamento alheio. Nas mínimas coisas nada devemos exigir das pessoas ou achar que, o que elas têm, é imprescindível a nós e, por conseguinte, devemos obtê-lo a qualquer custo. Não devemos querer nada de ninguém que naturalmente não queira nos dar por livre manifestação de sua vontade. Isso significa que, no simples contato ou nas relações mais profundas com os outros, devemos doar de forma que lhes seja imperceptível. Sutilmente o fluxo de energia se movimentará na direção delas, pois a Vida se encarregará de proporcionar o caminho de volta. Quando agimos de forma a obter das pessoas alguma vantagem, isto é, que a energia se movimente inicialmente delas para nós, muitas vezes, provocamos nelas uma reação contrária, por conta de um mecanismo natural de bloqueio. Nesses casos, as pessoas sentem-se exploradas ou, por egocentrismo, querem primeiro receber algo para depois dar. Não confiam ou ainda não sabem que a Vida sempre proporcionará o retorno.

Extraído do livro O Bom da Vida.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Sentir-se Livre 3

Em primeiro lugar, deve-se respeitar o direito de liberdade dos outros, isto é, não restringir a liberdade de ninguém, pois as pessoas têm o direito de ser quem querem e a fazer o que desejam, desde que não cerceiem o alheio. Quando o que querem ou fazem nos restringe a liberdade a que temos direito, devemos aprender a viver com essas restrições, mas buscando ultrapassá-las coerentemente, não permitindo que ninguém nos submeta. Quem vive com alguém e comanda a relação tem sua própria liberdade restringida. De alguma forma quem comanda perde sua liberdade por conta de seu comandado, que, sutilmente e, às vezes, inconscientemente, passa a manipular a relação. Ensinar as pessoas a serem livres e mostrar-lhes como conquistar a liberdade contribui para que, em nossa caminhada, não ocorram experiências que nos aprisionem. Quanto mais aprisionamos os outros mais a Vida nos levará a situações que exigirão de nós a conquista da liberdade.


Extraído do livro O Bom da Vida.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Sentir-se Livre 2

O Espírito deve descobrir a própria liberdade de agir, dela tomar consciência e desfrutá-la, em meio a tantas proibições, evitando feri-las, o que lhe trará satisfação pessoal e proporcionará o bem-estar coletivo. Quando pertinente, deve aprender a transgredir, assumindo total responsabilidade pelos próprios atos. Transgredir, visando o bem comum, mesmo estando sujeito às sanções sociais e às admoestações coletivas, é uma arte a ser aprendida, pois denota inteligência e desejo de libertar-se das convenções aprisionantes. Sempre que normas coletivas firam o direito de todos e impeçam o desenvolvimento da sociedade para que haja paz social e exercício pleno da cidadania, cabe a desobediência civil. Tal desobediência representa o impulso ao crescimento e ao surgimento de novos modelos de progresso social. O uso pleno da liberdade se dá à medida que se tomam algumas decisões na vida, utilizando-se principalmente da criatividade, da intuição e da consciência de ser Espírito imortal nos atos comuns da vida, de forma madura e autodeterminada. Ser livre é mais do que fazer o que quer sem a menor preocupação com os resultados, pois é preciso ter senso de propósito para que se aproveite a prerrogativa da autonomia no viver.

Extraído do livro O Bom da Vida.


terça-feira, 2 de maio de 2017

Sentir-se Livre 1

A liberdade é uma condição de todo Espírito. Fomos criados na Natureza para viver em liberdade. Deus nos deu a liberdade para que conquistássemos o conhecimento de Suas leis. Todos somos livres, e ninguém, sob nenhum pretexto, tem direito sobre outrem ou tem privilégios que possam ser evocados. A liberdade é condição inerente à existência e se confunde com a singularidade do Espírito. Muito embora sejamos todos livres, existem limites que a condição humana impõe como experiência para se galgar os objetivos do viver. Não vive aprisionado quem sabe viver sob condições em que lhe faltem coisas e em que outras se lhe excedam, sem que tais experiências impeçam viver e aprender e lhe levem à estagnação. Ter e não ter são distintas experiências que promovem diferentes possibilidades de integração do saber ao Espírito. Ser livre não é, necessariamente, rejeitar a posse de bens, mas saber utilizá-los a serviço do bem-estar pessoal e coletivo.


Extraído do livro O Bom da Vida.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Prosperidade emocional 2

A vida na matéria nos convida ao contato constante com as emoções, exigência comum nas relações interpessoais. Sem lidar com a dimensão emocional, não se consegue enxergar o bom da vida em sua totalidade. Muito embora se possa encontrar prazer, satisfação e aprendizado numa vida em que se utiliza muito mais do mundo mental, objetivo e racional, perde-se uma parte do bom da vida associada ao que o Criador reservou exclusivamente para o contato com as forças instintivas do Universo. O mundo das emoções pertence à dimensão não física, imaterial; portanto, é aquele que insere o Espírito no domínio do que o credencia a vivenciar experiências transcendentes. Nessa dimensão é que se apreende as leis de Deus, cujo conhecimento liberta o Espírito das contingências materiais. As experiências não emocionais ocorrem para que o Espírito se credencie a vivenciar de forma consciente os sentimentos que surgem de sua própria essência.


Extraído do livro O Bom da Vida.