sexta-feira, 23 de maio de 2014

Fidelidade

Quando se é fiel a um princípio, deve-se cuidar para que não fique anacrônico, atendo-se a sua essência, pois o rótulo, a aparência ou o formato externo sempre mudam. Princípios não devem ser seguidos à risca. Tudo merece contextualização;
Quando se fideliza alguém, sem se libertar das projeções, corre-se o risco de cristalizar a alma, pois o coração não obedece à razão. Eliminar projeções, implica em descobrir a quem de fato se fideliza;
Quando se é fiel a um contrato em que se observem suas cláusulas quanto ao direito do outro, pode-se unilateralizar condutas. A validação de cláusulas serve para ambos e a fidelidade deve ocorrer, antes, para consigo mesmo;
Quando se fideliza os sentimentos, naturalmente sentidos por alguém, sempre que a razão e o pragmatismo não sejam lembrados, pode-se viver na ilusão. O amor a alguém exige retirada das máscaras e da exigência de reciprocidade;
Ser fiel a alguém é, em primeiro lugar, ser fiel a si mesmo. Toda infidelidade é traição à ética pessoal. Não se pode ser coerente consigo mesmo quando não se obedece à normas internas que criou para viver em sociedade;
Em todos os aspectos, nas mais distintas ocasiões, sem que se tenha receio de equivocar-se, o amor ao destino que se constrói deve sempre atingir a máxima fidelidade da alma.


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